O black metal atmosférico é um dos sub-géneros que mais aprecio pela forma dissimulada como a melodia é apresentada, debaixo de um manto negro de sofrimento e um turbilhão de emoções. Mal começamos a escutar “So Fallen Alle Tempel”, trabalho de estreia dos Suíços Aara, acomete-nos logo uma sensação de acalmia misturada com esclarecimento, transmitida pela voz do canto Gregoriano. Após uma forte introdução, “Was bleibt ist der Regen” cria uma sensação de revigoramento que se vai manter ao longo de todo o álbum, independentemente das flutuações no peso/velocidade que se vão seguir. “Monolog eines Berges” imprime um toque de aura negra contrabalançado novamente pelo canto Gregoriano, embarcando em “Aare” numa toada mais épica. “De Profundis” é uma faixa mais lúgubre que nos empurra para baixo; de ritmo forte e profundo, acaba por ter um efeito catártico e introspectivo. O álbum termina com a longuíssima “Rote Trümmer” que, ao longo dos seus mais de 13 minutos, faz uma espécie de súmula de todas as sensações vividas ao longo do álbum ao ritmo do ambiente/épico.
Berg e Fluss apresentam um trabalho que combina o black ambiente com a vertente mais clássica, com riffs que nos prendem a atenção e melodias bem estruturadas. A junção com o canto Gregoriano trás a este trabalho uma aura de misticismo ao mesmo tempo que lhe confere um toque distinto. Mais do que representativo de uma vertente, “So Fallen Alle Tempel” revela-se um trabalho que aborda o black metal de uma forma abrangente.
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Atmospheric black metal is one of the sub-genres I most appreciate due to the concealed way as the melody is presented, under a black cloak of suffering and a turmoil of emotions. As soon as we start listening to “So Fallen Alle Tempel”, Suiss Aara debut work, we get tackled right away by calm feelings mixed with enlightenment, transmitted by the vocals of Gregorian chant. After a strong introduction “Was bleibt ist der Regen” creates a sensation of invigoration that will remain throughout the entire album, regardless of the weight/speed variations that will follow. “Monolog eines Berges” imprints a touch of dark aura counterbalanced again by Gregorian chant, embarking in “Aare” in a more epic pace. “De Profundis” is a more gloomy track that pushes down; with a profound and strong rhythm ends up having an introspective and cathartic effect. The album ends with with the very long “Rote Trümmer” which, along its more than 13 minutes, does a sort of summary statement of all the sensations lived along the album at the pace of an ambiance/epic rhythm.
Berg and Fluss present us an album that combines black ambiance with a more classic branch, with riffs that catch our attention and well structured melodies. The merging with Gregorian chant brings to this work an aura of mysticism at the same time giving a distinctive touch. More than a symbol of a branch “So Fallen Alle Tempel” reveals to be a work that addresses black metal extensively.
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