Apotheus - The Far Star


Seis anos depois do álbum de estreia “When Hope And Despair Collide”, os Apotheus estão de regresso com novo trabalho, “The Far Star”. Este registo acaba por criar um marco na banda; para além de ser conceptual (é baseado no trabalho do escritor Russo Isaac Asimov), é também o primeiro a ser lançado debaixo do selo da Sueca Black Lion Records.

Para se conseguir uma envolvência total da temática da conceptualidade é necessário que a música, a letra e os arranjos nos cativem por forma a que a mensagem nos chegue. Isso começa logo da melhor forma com “Prelude”, faixa instrumental introdutória que faz lembrar os documentários/séries de ficção científica. Ainda sobre a temática, no Bandcamp da banda temos a seguinte informação: “Esta é a história nunca contada dos nossos ancestrais. Uma dolorosa viagem de sobrevivência pela grandiosidade do Cosmos mas também uma delicada introspecção acerca da natureza humana. Quando estes dois mundos colidem algo novo emerge. Esperança, uma missão e um destino.” Daí podemos retirar a essência da mensagem que os Apotheus nos querem transmitir, a de que o Cosmos (e a própria Humanidade) vive em constante reconstrução, seja pela forma evolutiva das coisas seja pela força destrutiva do Homem. Tomando essa premissa como base, cabe a todos usar o seu tempo da melhor forma para que a esperança inicial dê lugar a uma missão cujo destino seja o melhor possível, completando assim um ciclo que se renova a cada volta. Retomando o álbum, em termos musicais a banda apresenta-se como sendo death metal melódico progressivo; estão lá algumas das características do death melódico como por exemplo a dupla pedaleira forte da bateria, o uso de teclados e maior uso de voz limpa do que gutural, bem como os solos de guitarra e arranjos mais elaborados do progressivo. Pessoalmente acho que a banda pende mais para a vertente progressiva (sem que isso a afete negativamente); as músicas seguem alguma linearidade em termos de estrutura e intensidade ao longo do álbum (“The Pull of Plexeus” e “Under a New Cloudy Sky” fogem um pouco a esta rotina) o que acaba por criar alguma monotonia sonora ao fim de algumas audições. No geral o resultado está bom, talvez não fosse pior um pouco mais de peso...

“The Far Star” é um bom regresso para os Apotheus, a meu ver apenas peca pela pouca diversidade rítmica. As 11 músicas que o compõem estão estruturadas de forma a contarem uma história, nesse ponto está muito bem conseguido, apenas acho que deveria haver mais flutuação de intensidade por forma a criar maior abrangência sonora, desse modo cativando ainda mais o ouvinte. Ainda assim, é um trabalho que merece ser escutado e fico com alguma curiosidade em ver como será apresentado ao vivo.

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Six years after the debut album “When Hope And Despair Collide”, Apotheus are back with new work, “The Far Star”. This record ends up creating a milestone in the band; besides being conceptual (it’s based on the work of Russian writer Isaac Asimov), it is also the first one to be released under the Swedish Black Lion Records label.

To achieve a full involvement of the theme of conceptualization it’s necessary that the music, the lyrics and the arrangements captivate us so that the message reaches us. This starts right off with “Prelude,” an introductory instrumental track reminds us of science fiction documentaries/series. Still about the theme, in the band's Bandcamp we have the following information: “This is the untold story of our ancestry. A painful journey of survival in the majesty of cosmos, but also a delicate introspective about the human nature. When these two worlds collide, something new emerges. Hope, a mission and a destination.” Having that as a line of thought, we can take the essence of the message that Apotheus want to convey to us, that the Cosmos (and Humanity itself) is constantly rebuilding, either by the evolutionary form of things or by the destructive force of Man. Based on this premise, it is up to everyone to use their time to the best of their ability so that the initial hope will give way to a mission with the best possible destiny, thus completing a cycle that is renewed with each lap. Resuming the album, in musical terms the band presents itself as progressive melodic death metal; there are some of the characteristics of melodic death such as the strong double pedaling of the drums, the use of keyboards and greater use of clean voice than guttural, as well as the more elaborate guitar solos and arrangements of the progressive. Personally I think the band leans more towards the progressive side (without being negatively affected by it); the songs follow some linearity in terms of structure and intensity throughout the album (“The Pull of Plexeus” and “Under a New Cloudy Sky” are a bit out of this routine) which eventually creates some monotony of sound after a few auditions. Overall the result is good, maybe it wasn't worse a little more weight...

"The Far Star" is a good return for the Apotheus, in my opinion only lacks on the little rhythmic diversity. The 11 songs that compose it are structured to tell a story, at this point is very well done, I just think that there should be more fluctuation of intensity in order to create greater sound coverage, thus further captivating the listener. Still, it's a work that deserves to be listened to and I'm curious to see how it will be performed live.

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