Constantine - Aftermath


O guitarrista Grego Constantine Kotzamanis está de volta aos trabalhos a solo com o seu mais recente “Aftermath” que, ao contrário de “Shredcore”, apenas tem uma faixa instrumental sendo que todas as outras são cantadas por convidados. Pessoalmente, prefiro mais este tipo de produções dos guitarristas ao invés de um álbum totalmente instrumental. Por vezes as músicas são escritas em função dos cantores, noutras estes são escolhidos conforme as características das músicas; devo dizer que fiquei com dúvidas sobre qual o processo escolhido, talvez um pouco de ambos, mas vamos ao que interessa.

O álbum abre com a instrumental “Bushido”, uma faixa mais virada para o rock progressivo onde Constantine começa por mostrar um pouco do seu virtuosismo na guitarra. O primeiro convidado é Bjorn “Speed” Strid (Soilwork) cuja voz forte se enquadra bem numa “Hellfire Club” que ali pelo refrão assume uma toada mais folk (soa-me um pouco a Elvenking); uma oportunidade para ouvir Bjorn numa sonoridade pouco habitual nele mas que não destoa. Ralf Scheepers (Primal Fear) tem uma voz inconfundível e esta “Press on Regardless” parece uma qualquer faixa retirada de um álbum dos Primal Fear; este é um daqueles casos em que a música foi certamente composta para o cantor. Apollo Papathanasio (Firewind, Spiritual Beggars) assume a voz de “Another Day” para dar forma à toada mais romântica do hard rock. “Holding on 'til the end” apresenta-nos um Chris Clancy (Mutiny Within) que empresta a sua voz a uma das melhores faixas do álbum; este era um vocalista que não conhecia mas cujo timbre vocal se revelou bem escolhido para uma composição bem equilibrada entre peso e melodia. Apollo é o único vocalista que canta duas vezes no álbum mas desta vez não soou tão bem; “Deliver Us” não parece ter sido escrita para ele ou não seria a primeira opção, é notório o esforço dele para acompanhar nas notas mais agudas. Algo similar acontece em “Elegy” onde a voz escolhida foi a de Bill Manthos, o baixista que acompanha Constantine. Acaba por ser um ponto negativo neste álbum, não só porque a sua voz não impressiona e isso sobressai no meio de todos os outros, mas também porque musicalmente não parece manter o mesmo nível de composição das restantes músicas. A fechar este trabalho temos a melhor música de todas, “War and Pain”, com Schirmer (Destruction) aos comandos de um thrash agressivo, ritmado e bastante apelativo.

Constantine revela técnica e mestria na guitarra em variados estilos, como foi possível perceber nas várias faixas do álbum. Os pontos menos deste trabalho acabam mesmo por ser as faixas “Deliver Us” e “Elegy” pelas razões apresentadas, estando as restantes dentro do que seria expectável; por vezes mantermo-nos dentro do que é mais usual é o que resulta melhor, e isso ficou bem patente aqui.

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Greek guitarist Constantine Kotzamanis is back with a new solo work with its most recent “Aftermath” which, unlike “Shredcore”, has only one instrumental track being all the remaining ones sang by guest singers. Personally, I prefer more this type of productions from guitar players instead of an entire instrumental album. Sometimes the musics are written for the singers, others they are chosen accordingly to the characteristics of the songs; I must confess I’m not sure which process was chosen, maybe a little bit of both, but let’s get to business.

The album starts with the instrumental “Bushido”, a track more into progressive rock where Constantine starts showing some of his skills with the guitar. The first guest is Bjorn “Speed” Strid (Soilwork) whose strong voice fits well in a “Hellfire Club” that in the chorus assumes a more folk paced tune (to me it resembles Elvenking); an opportunity to listen to Bjorn in an unusual sonority to him but nevertheless not out of step. Ralf Scheepers (Primal Fear) has a distinctive voice and this “Press on Regardless” sounds like a song taken from any Primal Fear album; this is one of those cases where the music was certainly written for the singer. Apollo Papathanasio (Firewind, Spiritual Beggars) assumes the vocals of “Another Day” in order to shape a more romantic hard rock paced tune. “Holding on 'til the end” presents us a Chris Clancy (Mutiny Within) that lands his voice to one of the album’s best songs; this is a singer I didn’t knew but whose vocal timbre revealed to be well chosen for a balanced composition between weight and melody. Apollo is the only singer that sangs twice in this album but this time didn’t sound so well; “Deliver Us” didn’t appear to be written to him or we wasn’t surely the first option, it’s noticeable his effort to accompany more acute notes. Something similar occurs with “Elegy” were the chosen voice was of Bill Manthos, Constantine’s bassist. It ends up being a minus point in this album, not only because his voice is not impressive and that highlights amongst the others but also because musically it doesn’t appear to attain the same level of composition of the other songs. Closing this work we have the best song of all, “War and Pain”, with Schirmer (Destruction) commanding an aggressive, rhythmic and very catchy thrash.

Constantine reveals technique and skill in the guitar in several styles, has we could perceive in the album’ several tracks. The album’s lesser points end up being the tracks “Deliver Us” and “Elegy” due to the above mentioned reasons, with the remaining ones being within expected; sometimes keeping within the usual is what gets better results and that’s what’s been shown here.

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