Dark Helm - Hymnus De Antitheist


Sete anos depois da sua estreia com “Persepolis”, os Indianos Dark Helm regressam com novo trabalho, “Hymnus De Antitheist”. Com uma temática que versa sobre a capacidade dos humanos em questionarem e debaterem sobre o que os rodeia mas que teimam em canalizar essas habilidades para um declínio da espécie em vez de criarem um ecossistema mais perfeito, apresentam um álbum que mostra uma banda focada, tecnicista e experiente, capaz de levar a bom porto as suas ideias.

Depois da faixa introdutória “At Dawn” somos literalmente arrancados da cadeira com o berro inicial de “Cilice”. O que parecia o início de uma faixa extrema com poucos pontos a salientar acaba por se revelar uma súmula das características sonoras de todo o álbum; bem conseguido equilíbrio entre o lado mais extremo e o progressivo, baixo poderosíssimo, o uso de instrumentos do folclore Indiano e constantes breakdowns que dão a ideia de “movimento sem avanço”, um pouco a par da ideia de retrocesso expressa na temática do álbum. Começando pelo equilíbrio, revela-se uma constante em todo o álbum apesar de algumas faixas que pendem mais para o extremo; muita das vezes essa ideia de balanço vem do simples som da cítara ou de paisagens musicais (ouçam com atenção “Akasha”) ricamente ilustradas. Outra constante do álbum é o som quente e forte do baixo; é perfeitamente audível em todas as faixas ao bom estilo do djent (apesar disso destaco a faixa “Asleep At The Wheel”) e com constantes breakdowns que ajudam a imprimir ritmo às composições. No que diz respeito ao estilo, conseguem uma muito boa fusão entre o death e o progressivo em que a inclusão do djent e do tradicional dão um importante contributo para o resultado final, indo para além da simples complementaridade de género pela forma simbiótica como se fundem. O álbum termina com “Fallacy” que deixa no ar a ideia de aviso ao mesmo tempo que alerta para o perigo da má interpretação.

Neste segundo registo os Dark Helm mostram que estudaram bem a lição e foram capazes de desenvolver um trabalho coeso que musicalmente reflete bem a ideia por detrás da conceptualidade. A inclusão do folclore foi feita de modo a dar destaque ao mesmo tempo que funciona como parte do todo, ou seja, consegue desempenhar dois papéis distintos sem que se sobreponham. Para amantes de metal extremo que preferem mais do que simples blast beats e vociferações, este “Hymnus De Antitheist” é presença obrigatória nas suas prateleiras.

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After seven years of their debut album “Persepolis”, Indian band Dark Helm returns with a new work, “Hymnus De Antitheist”. Under a theme that speaks of the human capability for questioning and debating about what surrounds them but they insist on channeling those abilities into a decline of the specie instead of creating a more perfect ecosystem, they present an album that shows a focused, technician and experienced band capable of leading to good port their ideas.

After the intro “At Dawn” we are literally plucked out of the chair with “Cilice” initial scream. What looked like in the beginning to be an extreme track with fewer points to highlight revealed to be a sum of all the sonorous characteristics of the entire album; well achieved balance between the more extreme side and the progressive, powerful bass, the use of Indian folklore instruments and constant breakdowns that give the idea of “movement without advance”, in a way matching the idea of regression expressed in the concept of the album. Starting with the balance, it reveals constant throughout the entire album despite some tracks that tend to be more extreme; many times that idea of balance comes from the simple sound of the zither or the richly painted musical landscapes (listen carefully to “Akasha”). Another constant in the album it’s the worm and strong sound of the bass; it’s perfectly listenable in all tracks resembling djent (despite that i highlight the track “Asleep at The Wheel”) and with constant breakdown that help to imprint rhythm to the compositions. Regarding the style they are able to merge well death and progressive in which the inclusion of djent and the traditional not only add an important contribution to the final result but go beyond the simple complementary of genre due the symbiotic way how they blend in. The album ends with “Fallacy” that leaves the idea of warning and at the same time alerts to the danger of miss interpretation.

On this sophomore Dark Helm show they’re learned their lesson well and were capable of developing a cohesive work that musically reflects well the idea behind the conceptualization. The use of folklore was done in order to highlight it and at the same time works as part of the all, meaning it can carry out two distinctive roles that don’t overlap itself. For lovers of extreme metal who prefer more than just blast beats and hollings, this “Hymnus De Antitheist” is mandatory in their shelves.

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