Os Mercadoria lançaram no final do ano passado o seu homónimo álbum de estreia. São 8 as faixas que compõem este trabalho de sonoridade pop/rock (é como a banda se apresenta), totalmente cantado em Português e editado num formato original: uma pen.
Começar por definir o som dos Mercadoria como pop/rock pode ser insuficiente; é certo que essa é a base pela qual começam a compor mas podemos encontrar diversas influências neste trabalho, fruto quiçá do percurso musical de cada elemento da banda ou simplesmente gosto pessoal. Logo no “Prefácio” (que serve não só de entrada ao álbum como também a “Coragem”) temos ali um toque de electrónica cuja sonoridade nos remete para os Limp Bizkit. Outro pormenor curioso que podemos observar em “Coragem” é o peso que é imprimido à composição, não só nas guitarras como em especial na vocalização. “E Choro” é uma faixa que se enquadra mais no pop/rock, ainda assim nos riffs e solo está lá o peso que parece ser uma característica intrínseca aos seus executantes. “Intervalo” é pouco mais do que isso, um instante musical que parece preparar o ouvinte para “Promessa”, faixa rock onde se nota um decréscimo do peso sentido até então. Essa descida torna-se mais notória em “Muro”, tema ao ritmo de balada. “Mercadoria”, talvez por ser a faixa que tem o nome do álbum e banda, soa novamente forte e com um ritmo mais up tempo, o que parece ser um cartão-de-visita da banda e da sua sonoridade em geral. O álbum encerra com “O Mundo É Nosso”, faixa que recupera o ritmo up tempo com toque de electrónica com que iniciou.
Parece-me que dentro das várias influências que caracterizam os Mercadoria, a banda acima referida será a mais forte. Neste trabalho mostram algum equilíbrio (dentro das faixas) entre peso e melodia, não deixando que se extremam demasiado, mantendo assim um nível sonoro equilibrado e acessível a um maior número de ouvintes. Têm potencial para cunhar de forma mais significativa o seu som, arriscando com isso sacrificar algum público-alvo; resta-nos esperar para ver se quererão correr esse risco.
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Mercadoria released their homonymous debut album later last year. There are 8 tracks that make up this work of pop/rock sound (that's how the band presents themselves), totally sung in Portuguese and edited in an original format: a pen.
Starting by defining the sound of Mercadoria as pop/rock may be insufficient; it is true that this is the basis on which they begin to compose, but we can find several influences in this work, perhaps the result of the musical path of each element of the band or simply personal taste. Right at “Prefácio” (which serves not only as an entry to the album but also to “Coragem”) there is a touch of electronics there whose sound reminds us of Limp Bizkit. Another curious detail that we can observe in “Coragem” is the weight that is imprinted on the composition, not only on the guitars but especially in the vocalization. “E Choro” is a track that fits more into pop/rock, yet in riffs and solo there is the weight that seems to be an intrinsic characteristic to its performers. "Intervalo" is little more than that, a musical moment that seems to prepare the listener for "Promessa", a rock track where a decrease in the weight felt until then is noted. This descent becomes more noticeable in “Muro”, a theme with a ballad rhythm. "Mercadoria", perhaps because it is the track that bears the name of the album and band, sounds strong again and with a more up tempo, which seems to be a business card of the band and their sound in general. The album ends with “O Mundo É Nosso”, a track that recovers the up tempo rhythm with an electronic touch with which it started.
It seems to me that within the various influences that characterize Mercadoria, the band mentioned above will be the strongest. In this work they show some balance (within the tracks) between weight and melody, not allowing them to go too far, thus maintaining a balanced sound level and accessible to a greater number of listeners. They have the potential to make their sound more meaningful, thereby risking sacrificing some target audience; we can only wait to see if they want to take that risk.
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