Decorreu no passado fim-de-semana a terceira (segunda realizada no edifício da Alfândega do Porto) edição do North Music Fest (NMF). A edição deste ano trouxe com ela algumas alterações, de onde destaco o segundo palco pelo qual passaram algumas sonoridades interessantes.
Palco Principal
O evento começou ao som do hip-hop/soul dos Expensive Soul. A banda está a celebrar os seus 20 anos de carreira e aproveitou o facto de praticamente estar a “jogar em casa” e perante um grande número de fãs para mostrar um pouco do que tem sido o percurso da banda. Não faltaram temas como “O Amor é Mágico” ou “Dou-te Nada”, bem como alguns mais recentes como “Amar é Que é Preciso”; houve tempo também para os fãs escutarem temas novos. Dos Balcãs veio o punk cigano de Emir Kusturica and The No Smoking Orchestra que, dois anos depois da sua última presença em solo nacional, trouxeram ao público do Porto temas retirados das bandas sonoras dos seus vários filmes (e não só). Com a Pantera Cor-de-Rosa a marcar os tempos entre músicas, Kusturica mostrou bastante vitalidade apesar dos seus 64 anos, fazendo ainda um périplo pelo meio do público numa das suas músicas. Os Britânicos Bush eram a banda mais esperada da noite, não só pelo facto de terem uma grande legião de fãs em Portugal mas também por ser o único na Europa neste Verão. A banda trouxe consigo um alinhamento maioritariamente dedicado ao álbum de estreia “Sixteen Stone”, para além de temas icónicos como “The Chemical Between Us” (cantada juntamente com o público), “Swallowed” ou “This Is War”, bem como uma cover para “Come Together” dos Beatles; Gary não se cansava de agradecer ao público pelo ambiente e calorosa receção, retribuindo com uma ida para o meio deste cantar “The Sound Of Winter”. Grande concerto revivalista que fez as delícias dos presentes, encerrando o primeiro dia do evento em alta.
Palco Secundário
A distinção entre palcos é feita pelo nome das bandas que o frequentam mas muitas vezes peca por não ser o reflexo real das atuações. Ao longo dos 2 dias passaram por este palco bandas em ascensão, outras já com algum percurso musical mas menos conhecidas do público em geral. A ideia com que ficamos é que muitas delas poderiam ter mesmo atuado no palco principal quiçá por troca de outras… Por ordem de atuação foram estas as bandas:
. Murmur - projecto musical de Alexandre Cortez e Filipe Valentim (ex Rádio Macau) que tem como vocalista a actriz Sandra Celas; sonoridade pop/rock misturada com elementos jazz e electrónica.
. Skills and The Bunny Crew - projecto fusão de rap/metal/rock que gostei particularmente, com uma atuação segura e apelativa. Um projecto a ter em atenção e para rever logo que possível.
. Stone Dead - de Alcobaça veio a irreverência do punk misturada com o Brit pop/rock; o som estava um pouco alto (João Branco bem avisou quando entrou em palco) mas deu para perceber que este quarteto tem rock n´roll nas veias.
. Cave Story - achei curioso apresentarem-se como “banda rock profissional”... este concerto marcou o regresso da banda aos palcos, agora para mostrarem o seu mais recente “Punk Academics”.
. Skills and The Bunny Crew - projecto fusão de rap/metal/rock que gostei particularmente, com uma atuação segura e apelativa. Um projecto a ter em atenção e para rever logo que possível.
. Stone Dead - de Alcobaça veio a irreverência do punk misturada com o Brit pop/rock; o som estava um pouco alto (João Branco bem avisou quando entrou em palco) mas deu para perceber que este quarteto tem rock n´roll nas veias.
. Cave Story - achei curioso apresentarem-se como “banda rock profissional”... este concerto marcou o regresso da banda aos palcos, agora para mostrarem o seu mais recente “Punk Academics”.
Para além destes 2 palcos havia 1 terceiro mais voltado para jam sessions. Algumas vezes que passei por lá escutava algumas versões de músicas conhecidas; se por um lado isso ia animando o público por outro penso que não se aproveitou bem o espaço. Por ex., basta verem o que foi feito na última edição do Laurus Nobilis Music Fest onde atuaram jovens bandas que viram o seu nome ser mais falado após essa presença. O que poderia ser uma montra para jovens valores acabou por ser um palco de entretenimento… uma situação, a meu ver, a ponderar. Fechando a reportagem musical, havia também um espaço lounge (Palco Sunset) com DJ permanente; após o término dos concertos, a animação continuou noite dentro com os DJ’s Rich & Mendes (já tinham estado lá o ano passado), DJ Kitten e DJ Moullinex.
Áreas de lazer
Para além do já referido espaço lounge havia uma tenda para tattoos, local para prova de vinhos, tendas de patrocínios, 2 zonas de alimentação com uma oferta variada, passeios de barco no Douro, entre outras.
Apreciação Final
Foram notórias algumas alterações positivas da anterior edição para esta:
. Entrada para imprensa demarcada do público geral e convidados, evitando grandes ajuntamentos e consequente confusão.
. Pagamento em dinheiro ao invés do sistema de senhas que tantas dores de cabeça deu no primeiro da passada edição.
. Zona dos WC deslocalizada para as traseiras do edifício (não utilizei por isso não posso aferir do estado dos mesmos), o que evitou grandes concentrações de público em zonas de passagem, facilitando a fluidez.
. Pagamento em dinheiro ao invés do sistema de senhas que tantas dores de cabeça deu no primeiro da passada edição.
. Zona dos WC deslocalizada para as traseiras do edifício (não utilizei por isso não posso aferir do estado dos mesmos), o que evitou grandes concentrações de público em zonas de passagem, facilitando a fluidez.
Como ponto menos, a confusão criada no primeiro dia com a imprensa, nomeadamente os fotógrafos, que foram deixados um pouco “ao abandono”. Isto foi corrigido no segundo dia em que tudo correu muito bem, contudo são situações a evitar de futuro.
Á terceira edição o NMF cimenta a sua posição de festival generalista com forte pendor para o rock/pop/electrónica, num local com boas condições e de fácil acessibilidade a visitantes estrangeiros. Aliás, este ano foi notório o número de fãs estrangeiros que se deslocaram ao recinto, o que mostra que a bússola do North já aparece nos roteiros festivaleiros. Resta-nos apenas agradecer à Vibes & Beats pela oportunidade que nos deu para estarmos presentes, Joana Cardoso e Bruno Malveira. Até para o ano!
Last weekend took place the third (second at Alfandega do Porto building) edition of North Music Fest (NMF). This year’s edition brought some changes from where I highlight the second stage in which some interesting sonorities took place.
Main Stage
Second Stage
. Murmur - Alexandre Cortez and Filipe Valentim (ex Rádio Macau) musical project whose vocals are in charge of actress Sandra Celas; pop/rock sonority mixed with jazz and electronics.
. Skills and The Bunny Crew - rap/metal/rock fusion project which I particularly enjoyed a lot, with a firm and appealing act. A project to be taken into consideration and to see again as soon as possible.
. Stone Dead - from Alcobaça came punk’s irreverence mixed with Brit pop/rock; the sound was way too loud (João Branco warned about it as soon as he entered on stage) nevertheless it was possible to perceive that this quartet has rock n’ roll in their veins.
. Cave Story - felt curious that they presented themselves as “professional rock band”... this concert larked the band’s return to stages, now to present their most recent “Punk Academics”.
. Skills and The Bunny Crew - rap/metal/rock fusion project which I particularly enjoyed a lot, with a firm and appealing act. A project to be taken into consideration and to see again as soon as possible.
. Stone Dead - from Alcobaça came punk’s irreverence mixed with Brit pop/rock; the sound was way too loud (João Branco warned about it as soon as he entered on stage) nevertheless it was possible to perceive that this quartet has rock n’ roll in their veins.
. Cave Story - felt curious that they presented themselves as “professional rock band”... this concert larked the band’s return to stages, now to present their most recent “Punk Academics”.
Besides this 2 sages there was a third one more into jam session. Sometimes I passed by it I listened versions of some known musics; if for one hand that was entertaining the audience on the other I think the space wasn’t well exploited. For instance, just see what was made at Laurus Nobilis Music Fest past edition where young bands played and saw their names being spoken of more after that experience. What could have been a showroom for young values ended up being an entertainment stage… in my opinion, a situation to be taken into consideration. Ending the musical report, there was also a lounge space (Sunset Stage) with resident DJ; after the end of the concerts the party continued all night long with DJ’s Rich & Mendes (who have also attended last NMF edition), DJ Kitten and DJ Moullinex.
Leisure Areas
Besides the above mentioned lounge space there was also a tattoos tent, wine tasting area, sponsors tents, 2 food courts with diverse offer, boat trips in Douro river, among others.
Final Thoughts
There were noticeable some positive changes from the previous to this year’s edition:
. Press entrance apart from the main public and guests, thus avoiding gatherings and consequent confusion.
. Payment in cash instead of the ticket system used last year on the first day, which provoked so many headaches.
. WC area moved to the back of the building (didn’t use them so can’t assess their state), which prevented enormous crowd concentrations in passage areas, making it to flow with ease.
. Payment in cash instead of the ticket system used last year on the first day, which provoked so many headaches.
. WC area moved to the back of the building (didn’t use them so can’t assess their state), which prevented enormous crowd concentrations in passage areas, making it to flow with ease.
As minus point, the confusion created on the first day with the press, mainly photographers, which were somewhat “abandoned”. This was corrected on the second day and everything went perfectly afterwards, yet these are situations to avoid in the future.
At third edition NMF stands as a generalist festival strongly driven to rock/pop/electronics, in a venue with good conditions and easy access to foreign visitors. In fact, this year was noticeable the greater number of foreign fans that headed the venue which proves that North’s compass already appears in festival routs. We just wish to thank Vibes & Beats for the given opportunity to attend the festival, Joana Cardoso and Bruno Malveira. Until next year!
More photos here.
\m/
Sem comentários:
Enviar um comentário