Formados em 2012, os Indianos Ragnhild lançaram agora o seu trabalho de estreia “Tavern Tales”. Constantes mudanças de membros levaram a que levassem mais tempo até este lançamento, mas o importante é que ele está aí, por isso vamos passar ao que interessa.
Este quinteto apresenta-se como sendo a única banda de viking metal Indiana (na verdade é a primeira de que tenho conhecimento por isso vou acreditar que sim) e isso só por si despertou a minha curiosidade em ouvi-los. Tenho escutado várias bandas de diversos géneros vindas daquelas paragens e nota-se que há qualidade no que fazem. Outra característica das bandas Indianas é que [algumas] tendem a usar instrumentos do seu folclore nas composições; sinceramente não estou a imaginar um viking a tocar Tambura mas vamos lá ver o que daí vem.
O som dos Ragnhild caracteriza-se como um misto de folk, death melódico e viking, fortemente influenciado por nomes como Amon Amarth, Ensiferum e outros do género. Sendo esse o cunho principal podemos escutar igualmente outras influências; logo na faixa inicial “Battle On My Grave”, a passagem final das guitarras num decréscimo de velocidade vai buscar muito ao black/pagão (o que não deixa de ser consentâneo com as suas origens). Esse toque das guitarras vai aparecer em mais músicas ao longo do álbum, a par com solos orelhudos e bem executados. Juntamente com as guitarras, o som que mais sobressai é o da bateria, também muito bem executada. A faixa “A Viking Mosh” parece-me ser a que se afasta mais do conjunto do álbum. Não digo que seja má mas falta-lhe algo que a coloque ao nível da mensagem viking que conseguimos escutar ao longo do álbum. Como esta foi a primeira faixa escrita já há alguns anos talvez seja por isso que soe ligeiramente desfasada. “We Will March” consegue imprimir um pouco de épico na parte do coro. “Glory Of Our Mighty King” tem uma entrada que gosto bastante; aproveitando isso refiro a afinação das guitarras, cujo som por vezes parece que “imita” o acordeão e a gaita-de-foles, instrumentos tão característicos do folclore e que, se incluídos neste trabalho, talvez fossem uma mais-valia (a entrada de “Death Of A Warrior” também é um bom exemplo disto). O solo de guitarra no início de “Tavern Tales” remete-me logo para Iron Maiden (será que também foram uma influência...); aparte disso esta é a faixa que mais me agradou em todo o álbum, pelo seu ritmo compassado, pelos solos de guitarra e pela energia que transmite.
“Tavern Tales” demorou a sair mas o tempo dedicado à sua concepção foi bem aproveitado. O álbum está bem estruturado, as músicas bem elaboradas e tecnicamente bem executadas. Deixo a sugestão anterior do uso de instrumentos do folclore (exceto do Indiano, não me parece que soe bem); a nível pessoal neste subgénero gosto mais da voz forte e grave, que Rohit bem executa, não aprecio tanto as partes mais gritadas (mas isto é apenas um gosto pessoal que em nada altera a minha opinião positiva).
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Created in 2012 Indian band Ragnhild releases now their debut work “Tavern Tales”. Several member chances led them to take more time until this release but the most important is that he’s finally here, so let’s get down to business.
This quintet presents itself as being the only Indian viking metal (in fact it’s the first one I ear about so I’ll give them credit for that) and that only arouse my curiosity in listen to them. I’ve been listening other Indian bands in various genres and it’s noticeable the quality in their work. Other characteristic on [some] Indian bands is the tendency to use instruments taken from their folklore; to be honest I can’t imagine myself listening to a viking playing Tambura but let’s see what comes there.
Raghnild’ sound can be characterized as mixture of folk, melodeath and viking, strongly influenced by bands such as Amon Amarth, Ensiferum and others alike. Being that their main mark we can also listen to other influences; right in the initial track “Battle On My Grave”, the final guitars passage in a decreasing of speed get a lot from black/pagan (which is also consistent with their origins). That guitar touch will appear again in other songs throughout the album, along with well played catchy solos. Together with the guitars the sound that stands out the most is the drums, also very well played. The track “A Viking Mosh” seems to me the one that is more aside of the rest of the album. I’m not saying it is a bad song but it lacks something that puts her on the level of the viking message we can perceive along the album. Being this the first track written a few years ago maybe that’s the reason for it to sound more dissimilar. “We Will March” can put a little of epic in the choir part. “Glory Of Our Mighty King” as an entrance that I enjoy particularly; taking advantage of that I point out the guitar tuning, whose sound sometimes kind of “imitates” the accordion and the bagpipe, instruments so characteristic of folklore and, if included in this work, could be an added value (“Death Of A Warrior” entrance is also a good example of that). The guitar solo at the beginning of “Tavern Tales” immediately takes me to Iron Maiden (maybe it’s also a influence…); apart from that this is the track that most pleased me of all, due to its paced tune, guitar solos and the energy it transmitted.
“Tavern Tales” took a while before seeing daylight but the time dedicated to its conception payed of. The album is well structured, the musics are properly elaborated and technically well played. I leave the prior suggestion regarding the use of folklore instruments (except Indian instruments, don’t think that would sound well); personally in this sub-genre I prefer the strong and harsh voice, which Rohit well executes, I don’t like the scream parts that much (but this is just a personal taste that doesn’t change my positive opinion).
\m/
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