De Madrid enviam “cartas à Morte”, cheias de melancolia e tristeza; não, os Madrilenhos não estão a passar por uma fase má, são apenas os Silentvice a espalharem um manto de negritude que emana do seu novo trabalho “Letters To Death”.
É facilmente perceptível a sonoridade melancólica e depressiva que tocam, muito na linha de bandas como os Swallow The Sun ou Katatonia. Até mesmo ao nível vocal existem semelhanças, basta ouvirmos a primeira faixa “Eyes Open” onde já temos as vozes gutural, gritada e limpa, equilibradamente repartidas de modo a encaixarem na sonoridade da mensagem lírica (devo confessar que nas passagens de voz limpa soou-me um pouco a In Flames). Apesar de em “Subdivision” subirem um pouco mais o ritmo a preponderância de todo o álbum é claramente para uma toada mais downtempo, é a que melhor se adequa ao seu estilo. Outro pormenor que me agradou foram as partes instrumentais, como aquela parte por volta do 2º minuto de “I Accept”; ainda nessa música temos outra característica que demarca a banda duma completa melancolia depressiva que é o uso de voz operática feminina, conferindo às músicas uma triste beleza. “A Beautiful Place To Die” é a minha faixa favorita pois nela estão contido todos os elementos mencionados anteriormente; gostei da passagem de cordas entre guitarra e violino no início, soava a um duelo entre a luz e a escuridão. “The Next Year” parece-me a faixa mais atípica de todo o álbum; não que seja má, pelo contrário, mas a profusão de estilos que se podem escutar dentro dela fazem com que soe deslocada das restantes.
De “The Last Breath of an Innocent Heart” para este “Letters To Death” nota-se uma evolução positiva da banda. A voz enquadra-se melhor neste último, a sonoridade da banda ficou mais lúgubre mas melhor estruturada, a composição mais cuidada. Quatro anos após o trabalho de estreia os Silentvice parecem finalmente encontrar o seu rumo.
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From Madrid are sending “letters to Death”, filled with melancholy and sadness; no, people from Madrid are not having a bad phase, it’s just Silentvice spreading a cloak of darkness that comes from their new work “Letters To Death”.
It’s easily listenable the melancholic and depressive sonority they play, in the likes of bands such as Swallow The Sun or Katatonia. Even in the vocals there are resemblances, we just need to listen to the first track “Eyes Open” where we have guttural, screamed and clean vocals, evenly distributed in a way to fit lyric’s message sonority (I must confess that in clean voice passages in sounded a bit In Flames to me). Although in “Subdivision” they rise the rhythm up a bit the entire album preponderance it’s clearly to a more downtempo pace, the one that best fits their style. Other detail that pleased me were the instrumental parts, like the one around minute 2 in “I Accept”; still in that song we have another characteristic that demarcates the band from a completely depressive melancholy, which is the use of female operatic voice that grants the music a touch of beautiful sadness. “A Beautiful Place To Die” it’s my favorite because in it are all the previous mentioned elements; I loved the string passage between the guitar and the violin at the beginning, it sounded like a duel between light and darkness. “The Next Year” seemed to me the most atypical track of the entire album; not that it’s bad mas the abundance of styles we can listen to in it make her sound displaced from the rest.
From “The Last Breath of an Innocent Heart” to this “Letters To Death” it’s noticeable a positive evolution of the band. The voice fits better in this last one, the band’ sonority became more gloomy but better structured, the composition became more refined. Four years after the debut Silentvice appear to have finally found their course.
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