Voltaica - Voltaica


Os Galegos Voltaica lançaram no passado mês de Outubro o seu álbum de estreia, “Voltaica”; este trabalho marca o regresso da banda após um interregno de uma década desde a demo lançada em 2008..

Nas palavras dos próprios, este tempo que levou ao lançamento do álbum de estreia serviu para se definirem enquanto banda e qual o percurso musical a seguirem. Uma ideia que fica após uma primeira audição deste trabalho homónimo é o de uma maior abordagem ao shoegaze e ao post punk; aliás, é curiosa esta dicotomia sensorial, é como se a banda procurasse algo que os mantivesse num equilíbrio sonoro impedindo que se extremassem os sentidos. Equilíbrio parece ser a palavra de ordem deste trabalho, onde os pequenos pormenores foram cuidadosamente pensados; essa ideia fica logo em “Coda”, faixa post rock com distorção no tempo certo que permite, não só por si como no alinhamento do álbum, um movimento oscilatório que cria no ouvinte uma incerteza no que virá, agarrando-o ao longo das 10 faixas. Muitas bandas correm o risco de se expandirem demasiado quando usam muitas influências, aí os Voltaica souberam manter-se coesos e equilibrados no uso da distorção, da electrónica e do peso das guitarras. O facto de serem agora 4 elementos e não usarem baixo fez também com a sua sonoridade ficasse menos “quente” mas ganhasse um toque mais “etéreo”. Gostei de uma forma geral do álbum mas destaco as faixas “30000 Días” e “Solo Aire” como as minhas favoritas.

Por vezes as bandas precisam de se descobrir antes de se darem a conhecer; foi o que fizeram os Voltaica e ainda bem, aproveitando este tempo para aprimorarem o seu som. Em breve poderemos apreciá-los por cá, estão neste momento a trabalhar para que seja possível a sua estreia em Portugal. A seu tempo daremos mais notícias sobre isso.

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Galician band Voltaica released last October their debut album “Voltaica”, whose work sets the band’s return after a 10 year’s interregnum since the demo release in 2008.

In their own words, this time that lead to this debut released was used for them to define themselves as a band and what musical path to follow. After the first hearing of this homonymous work we get the impression of a bigger approach to shoegaze and post punk; in fact, it’s curious this sensorial dichotomy, it’s just as if the band aimed to find a sonorous balance that prevented them to exacerbate senses. Balance seems to be the key word in this work, where all the little details were carefully thought; we get that idea right on “Coda”, post rock track with distortion in the right time that allows, not only in itself but in the entire album alignment, an oscillatory movement that creates in the listener an uncertainty of what to expect next, grabbing him throughout all 10 tracks. Many bands take the risk of expanding too much when using lots of influences but in that chapter Voltaica knew how to maintain cohesive and balanced in the use of distortion, electronics and the weight of the guitars. The fact of now being only 4 elements and not using bass made that they sound less “worm” but gained a more “ethereal” touch. I liked the album in general but I wish to highlight tracks “30000 Días” and “Solo Aire” as my favorites.

Sometimes bands need to know themselves before making themselves known; this was what Voltaica fortunately did, taking this time to improve their sonority. Soon we’ll be able to see them live here, as we speak they’re working to book some dates in Portugal. In due time we’ll tell you more about it.

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