A cena de metal Indiana tem vindo a crescer, não só em número como também em qualidade. Dentro de diversos estilos podemos testemunhar o surgimento de bons trabalhos; foi com esse espírito de novidade que abri o mais recente email da Qabar - Extreme Music PR com o lançamento de “Kingdom Come”, álbum de estreia dos Falcun.
O primeiro tema do álbum (que é também o single de lançamento) despertou logo a minha atenção; “A Bard’s Tale” vai buscar muita inspiração a Iron Maiden (aquele timbre de voz nas notas mais agudas é uma espécie de mistura entre Bruce Dickinson e Grzegorz Kupczyk), juntando-lhe também um pouco de Manilla Road na velocidade das guitarras. “The Vixen” começa com uns riffs animados antes de embarcar numa cavalgada ao bom estilo dos clássicos da década de 80, numa faixa com muita energia e algum peso resultante da mescla entre a sonoridade clássica e contemporânea, sem esquecer também uma vocalização excelente com picos de agudos. É a maior faixa do álbum e a que melhor apresenta o que os Falcun têm para transmitir, com variadas alterações de ritmo e velocidade que transcorrem diversos períodos do género. “Brotherhood of Steel” é puro power metal épico clássico ao bom estilo de Manowar, numa faixa com ganchos orelhudos, riffs eletrizantes e um lirismo e vocalizações evocativas de feitos grandiosos. Mais à frente e após uma introdução de “Hymn Of The Damned”, a receita volta a surtir efeito com “Eye Of The Storm” que vai buscar inspiração aos clássicos de metal de índole fantástica, combinando o speed/power metal com toques de thrash bem patentes na voz. Se dúvidas ainda houvesse de que esta qualidade musical não surgiu do nada é só escutar “Only Be One”, cover muito bem conseguida para um tema dos Millennium, uma banda da década de 80 considerada por muitos como os porta-estandarte do heavy metal Indiano, aqui com arranjos ligeiramente mais pesados e vocalização a condizer, dando um toque de groove de Pantera ao resultado final. As três faixas restantes mantém a fórmula aplicada em todo o álbum, começando com “Child Of Prophecy” que continua a onda mais speed numa espécie de cruzamento entre Judas Priest e Motörhead, com um solo orelhudo e elaborado, terminando em fade out novamente lembrando Iron Maiden. “Martyr” começa como a sempre presente balada épica que a dada altura se pensa que vai crescer em tom e velocidade mas que acaba por se manter numa toada calma e prazerosa, aumentando novamente o ritmo para fechar “Kingdom Come” em grande com “Knightfall”.
É mais do que evidente que o som dos Falcun se apoia bastante no som mais heavy/power metal de índole fantástica que nos idos anos 80 nos trouxe bandas como Judas Priest, Manowar ou Manilla Road, sendo que a sua maior influência é obviamente Iron Maiden. Este trabalho reflete técnica e valor, com alguns erros a corrigir no que diz respeito a algumas pequenas falhas na voz e a alguma perda de noção do tempo que se sentiu num ou noutro momento; nada que a banda não vá certamente corrigir no futuro até porque pela amostra se percebe que a qualidade está lá, apenas precisa ser refinada. “Kingdom Come” teve a capacidade de nos trazer à memória sons da nossa juventude, esperemos que os Falcun desenvolvam maturidade musical para nos levar mais além.
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Indian metal scene has been growing, not only in quantity but also in quality. Among several styles we can witness the appearance of some good works; it was with that spirit of newness that I’ve opened Qabar - Extreme Music PR recent email with Falcun’s debut release “Kingdom Come”.
The first album’s track (which is also the release single) immediately caught my attention; “A Bard’s Tale” gets a lot of inspiration from Iron Maiden (that vocal timbre in higher notes is some sort of mixture between Bruce Dickinson and Grzegorz Kupczyk), adding to it also a bit of Manilla Road in the guitars; “The Vixen” starts with lively riffs before embarking into a ride in good old 80’s classic style, in a track with lots of energy and some weight as a result of the mixture of both classical and contemporary sonority, without forgetting the excellent vocals with acute peaks. It’s the longest track of all and the one that best describes what Falcun have to offer us, with several rhythm and pace changes that elapse several periods in the genre. “Brotherhood of Steel” is straight classical epic power metal Manowar style, in a track filled with catchy hooks, electrifying riffs and lyrics and vocals remembering grandiose deeds. Further ahead and after an intro with “Hymn Of The Damned”, the formula results again with “Eye Of The Storm” that gets inspired by classic metal songs of fantastic nature, combining speed/power metal with a touch of thrash well noticeable in the vocals. If there were still any doubts that this musical quality didn’t appeared out the blue just need to listen to “Only Be One”, a very good cover version of Millennium, an 80’s band known by many as flagship of Indian heavy metal, here with arrangements slightly heavier and vocals to match, giving a touch of Pantera’s groove to the final result. The three remaining tracks keep the formula used in the entire album, starting with “Child Of Prophecy” that keeps on a more speed style approach like a mix between Judas Priest and Motörhead with a catchy elaborated riff, ending with a fade out again reminding Iron Maiden. “Martyr” starts as the always present epic ballad that at some point we think it will grow in tone and speed but it keeps in a pleasant and calm pace, increasing the rhythm afterwards to end “Kingdom Come” in great style with “Knightfall”.
It’s more than clear that Falcun’ sound is based a lot in old 80’s heavy/power metal particularly fantastic sound that brought as bands such as Judas Priest, Manowar or Manilla Road, being that their biggest influence is obviously Iron Maiden. This work shows technique and value with some mistakes to be corrected regarding minor vocal flaws and the sense of lost of time notion here and there; nothing that the band would surely correct in the future since because we can perceive by the sample that the quality is there, just need to be refined. “Kingdom Come” was capable of bringing back to memory the sounds of our youth, lets hope Falcun will develop enough maturity to take us further.
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