Robert é um homem que gosta de espaços naturais abertos e vive num mundo dominado por um governo tirano. Certo dia conhece um ser de outro planeta, James, com quem rapidamente faz amizade; contudo, essa não é bem vista pelo seu governo que de imediato declara guerra a James. Para proteger o seu amigo e fazê-lo regressar são e salvo ao seu planeta, Robert é forçado a rebelar-se contra os seus. Esta é a história conceptual por detrás de “Dyosun: Between Two Worlds”, trabalho de estreia dos Portugueses Onysus.
Apresentando-se como um quinteto de metal progressivo este jovem coletivo dá mostras de qualidade técnica com uma sonoridade que deambula entre rock e metal de contornos progressivos onde se podem perceber também elementos que mostram raízes no swing/jazz (aquela parte ali de permeio em “Special Stranger”) ou até mesmo country (“The Righteous Man” entra por caminhos mais acelerados com um toque de thrash, curiosamente terminando com a mesma abordagem após uma panóplia de derivações). Há alturas em que as guitarras se fazem sentir com mais vigor como por ex. em “The Final Report”, enquanto que noutros a sonoridade aproxima-se de uma toada mais folk (“Shine On My Land” e “The President’s Speech” são quase faixas folk acústicas). Pessoalmente gostaria que usassem mais breakdowns (“Field of Bloody War” é a faixa que mais usa esta técnica em conjunto com uma aproximação a uma sonoridade oriental e uso de vocalizações mais fortes), assim como também uma maior abordagem ao djent, um sub género que se enquadra perfeitamente no progressivo e permite maior destaque ao baixo. Uma característica interessante é a voz limpa escolhida para dar vida às letras; se num primeiro impacto soa algo desenquadrada, ao longo do álbum ganha maior destaque acabando por se mesclar de forma perfeita com a flutuação de estilos musicais.
Onysus é um projeto ambicioso e “Dyosun: Between Two Worlds” é o resultado da materialização de uma conceptualidade que se inspira numa atualidade social onde as diferenças marcam os limites entre os povos. O uso do progressivo como veículo musical permite passar a mensagem de que as diferenças se completam ao invés da separação relatada no lirismo. Estou em crer que esta história será a primeira de muitas com sucesso que ouviremos deste quinteto; virtuosismo não lhes falta.
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Robert is a man that loves open spaces and lives in a world dominated by a tyrant government. One day he meets James, a being from another planet, to whom he befriends; nevertheless that friendship is not well seen by its government who immediately declares war on James. To protect his friend and help him return safe and sound to his planet, Robert is forced to go against his own kind. This is the conceptual story behind “Dyosun: Between Two Worlds”, Portuguese Onysus debut work.
Presenting themselves as a progressive metal quintet this young collective shows signs of technical quality with a sonority that wanders between rock and metal with a progressive approach where we can also perceive some elements that show roots on swing/jazz (that part in the middle of “Special Stranger”) or even country (“The Righteous Man” goes into a more speedy approach with a touch of thrash curiously ending with the same pace after a panoply of derivations). There are parts where the guitars sound more vigorous like for instance in “The Final Report”, while there are other moments where they tend more into a folk pace (“Shine On My Land” and “The President’s Speech” are practically folk acoustic songs). I personally would prefer they have used more breakdowns (“Field of Bloody War” is the track that uses this technique the most, along with an oriental sonority approach and the use of harsher vocals), as well as a more djent approach, a sub genre that fits well in prog and gives bigger highlight to the bass. An interesting characteristic is the clean voice chosen to give life to the lyrics; if it sounds a little bit misplaced on a first approach, throughout the album gains bigger focus ending up melding perfectly with the musical styles variance.
Onysus is an ambitious project and “Dyosun: Between Two Worlds” is the embodiment achievement of a conceptuality that gets inspired by contemporaneous society where differences determine boundaries between nations. The use of progressive has musical vessel enables to pass the message that differences complement itself instead of the separation told on the lyrics. I do believe this story will be the first of many successful ones that we’ll listen from this quintet; they don’t lack virtuosity.
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