Sense Of Fear - As The Ages Passing By


Apesar de se terem formado em finais dos anos noventa apenas em 2013 os Gregos Sense of Fear lançaram o EP homónimo de estreia. Agora, cinco anos volvidos, regressam com o primeiro longa-duração “As The Ages Passing By...”.

Durante os seus vinte anos de existência a banda passou por altos e baixos e longos hiatos o que ajuda a explicar o porquê de só agora editarem um álbum. Por outro lado, esse mesmo tempo serviu para os músicos ganharem maturidade dando-lhes a oportunidade de fazerem as coisas sem pressas, ao mesmo tempo que abarcavam diversas alterações no meio musical que acabam por ter algum reflexo neste registo. Ao longo das 10 faixas de “As The Ages Passing By...” ficamos com a sensação que os Sense of Fear se deixam ficar por terrenos mais “seguros” do power/speed metal old school que é a base do seu som, juntando-lhe pormenores retirados de outros subgéneros como o NWOBHM (“Black Hole”); o álbum até começa bem com uma “Molten Core” encorpada numa toada heavy power metal com peso e velocidade, seguida de “Slaughter of Innocence” que mescla o heavy metal tradicional com hard rock num decrescendo de peso em proveito da melodia, acabando por criar uma continuidade que vai desembocar na “Black Hole” anteriormente referida. “Angel of Steel” é a primeira de 3 músicas que os Sense of Fear trazem do EP de estreia; juntamente com “Sense of Fear” e “Torture of Mind” ganham nova roupagem e arranjos mas ainda assim consegue-se ter a noção das suas raízes e entender melhor porque apostam numa vertente mais técnica e clássica nas suas composições, sem dúvida é onde se sentem mais à-vontade. “The Song of a Nightingale” é a clássica balada sempre presente; com uma cadência mais ao estilo hard rock, acho que a banda poderia ter ido mais longe, arriscando um pouco mais e libertado as guitarras para desfrutarem o momento e se fazerem sentir com maior impacto, até porque a letra é bonita e certamente que ganharia outro destaque. “Lord of The World” não considero uma filler, antes algo “outside the box” que mostra como os Sense of Fear poderiam ter derivado mais o seu som nas restantes faixas, um crossover thrash/punk que acaba por funcionar como um abanão antes de “Unbreached Walls” retomar as rédeas do hard rock/heavy metal. O álbum termina com “As The Ages Passing By..Time Still Runs Against Us”, uma longa faixa de 9 minutos que é uma espécie de súmula das influências da banda onde se destaca não só o power metal como também um toque de heavy metal épico a fazer lembrar Manowar.

Pode-se dizer que “As The Ages Passing By...” é uma espécie de marco que a banda já procurava alcançar à algum tempo. Como diz o título, o tempo não pára e encarregar-se-á de dizer se este foi um objectivo conseguido ou apenas uma etapa a ser transposta.

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Although they’ve started as a band in late 90’s only in 2013 Greeks Sense of Fear released the homonymous debut EP. Now, five years passed, they return with the first LP “As The Ages Passing By...”.

During their twenty years of existence the band has experienced some up and downs and long periods of absence, which helps us understand why only know they’re releasing an album. On the other hand, that same time was suffice for the musicians to gain maturity, giving them the opportunity to not rush things out and at the same time embracing major changes in musical scene that ended up having some reflection on this work. Along the 10 tracks of “As The Ages Passing By...” we get the feeling that Sense of Fear prefer the “secure” ground of old school power/speed metal which is the base of their sound, adding parts taken from other sub-genres like NWOBHM (“Black Hole”); the album starts well with a bodied “Molten Core”, with an heavy power metal pace weighted and speedy, followed by “Slaughter of Innocence” that blends traditional heavy metal with hard rock in a decreasing of weight in avail of melody, ending up creating a continuity that will result in the above mentioned “Black Hole”. “Angel of Steel” is the first of 3 songs that Sense of Fear bring from the debut EP; along with “Sense of Fear” and “Torture of Mind” they gain a new incarnation and arrangements but even so we can still notice their roots and thus understand better why they bet on a more technical and classical aspects in their compositions, it’s undoubtedly where they feel more at ease. “The Song of a Nightingale” is the always present classical ballad; with a pace more into hard rock style I do believe they could have gone further, risking a little bit more and freeing the guitars to enjoy the moment and make themselves heard with bigger impact because it has beautiful lyrics and would certainly have bigger highlight. I don’t consider “Lord of The World” to be a filler, it’s more like something “outside the box” that show how Sense of Fear could have derived more there sound on the remaining tracks, a thrash/punk crossover that ends up working as a jolt prior to “Unbreached Walls” retakes hard rock/heavy metal reins. The album ends with “As The Ages Passing By..Time Still Runs Against Us”, a long 9 minutes track that is some sort of summary of the band’s influences where the emphasis goes to not only power metal but also a touch of epic heavy metal resembling Manowar.

We might say that “As The Ages Passing By...” is some sort of achievement that the band was seeking for quite some time. As the title says, time doesn’t stop and will tell if this was a goal achieved or just a stage to be overstepped.

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